terça-feira, março 28, 2006

domingo, março 26, 2006

Frase do domingo:

"O que escrevi não é nada....O que desejei é tudo"

domingo, março 19, 2006

A PRAGA

Ninguém sabe ao certo como se entenderam, mas se entenderam. E a primeira coisa que o índio deu a Colombo foi um tomate. Era o primeiro encontro, na primeira ilha, no primeiro dia, e o próprio sol parecia ter chegado mais perto para não perder a cena. Fazia calor e o tomate brilhava ao sol como uma maça dourada.
- Um pomo d´oro ! - exclamou Colombo.
- Um tomate - explicou o índio. - Para a salada. Para o molho.
- Finalmente algo para por fim à brancura do espaguete - disse Colombo emocionado. Marco Pólo só descobriu a massa. Eu descobri a macarronada.
E Colombo aceitou o tomate e deu em troca uma miçanga.
O índio deu uma batata a Colombo que a olhou com desprezo. Mas o índio descreveu (com mímica, a linguagem mágica dos encontros místicos) sua importância para história ocidental, desde a alimentação das massas camponesas da Europa até noisette, ou fritas com um Big Mac. E Colombo a aceitou e deu em troca um espelhinho.
E o índio deu a Colombo o fruto do cacaueiro e falou no que o chocolate significaria para o mundo, em especial para a Bahia e a Suiça, e nas delícias do bombom por vir. E Colombo guardou o cacau na algibeira e deu em troca um vintém.
E o índio deu a Colombo uma folha de tabaco e falou nos prazeres do fumo, e de como ele afetaria os hábitos civilizados. E se quisessem algo mais forte, tinham uma planta que dava coca, e um barato muito maior. E tudo isso Colombo aceitou ejm troca de contas. E mais uma espiga de milho. E mais um papagaio. Até que, com a algibeira cheia, Colombo disse:
- Chega de miudezas. Agora eu quero ouro.
- O quê?
-Ouro. Isso que você tem no nariz.
- E o que você me dá em troca ? - perguntou o índio antevendo algo espetacular como uma luneta. Mas Colombo apontou uma pistola para a cabeça do índio e disse "Isto". E disparou. Depois, mandou seus homens recolherem todo o ouro da ilha, nem que precisassem arrancar narizes.
No chão, antes de morrer, o índio amaldiçoou Colombo e praguejou. Que a batata tornasse sua raça obesa, que o chocolate enchesse suas artérias de colesterol, que o fumo lhe desse câncer, a cocaína o corrompesse e o ouro destruísse sua alma. E que o tomate - desejou o índio em seu último suspiro - se transformasse em catchup.
E assim aconteceu.

domingo, março 12, 2006

Tomada da galera no Carnaval ...

Hoje tem festa oxente uai
Vem com a gente que um mar de gente vai
Axé Brasil axé Minas Gerais Posted by Picasa

sexta-feira, março 10, 2006



"Todo brasileiro é um pouco rubro-negro. A alegria rubro-negra não se parece com nenhuma outra. Não sei se é mais funda ou mais dilacerada, ou mais santa, só sei que é diferente".

Nélson Rodrigues (tricolor)