domingo, agosto 31, 2008

O que é FIB ?

O conceito de Felicidade Interna Bruta ( FIP ) ou Gross National Happiness (GNH) é um conceito de desenvolvimento social criado em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB) - indicador que mede o valor de toda a produção de bens e serviços finais de um país.
O termo foi difundido em 1972 por Jigme Singye Wangchuck ( qual será a pronúncia disso ?) , rei do Butão, em resposta a críticas que diziam que a economia do seu país crescia miseravelmente. Ele dizia que seu compromisso era construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valores espirituais budistas.
Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento têm o crescimento econômico como objetivo primordial, o conceito de FIB se baseia no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana se dá quando o desenvolvimento espiritual e o material acontecem lado a lado, complementando e reforçando um ao outro.

Os princípios de sustentação da FIB são:

Promoção do desenvolvimento sócio-econômico sustentável e igualitário;
Preservação e promoção dos valores culturais;
Conservação do Meio Ambiente natural;
Estabelecimento da Boa Governança.

Não tenho a percepção de que esse pequeno país , entre a Índia , China e Tibet conseguiu difundir o conceito para os vizinhos que fazem parte do famoso BRIC ( grupo dos países em franco desenvolvimento : Brasil, Rússia, Índia e China). Quiçá para o mundo. Mas nunca foi tão oportuno.
Trinta e seis anos se passaram e seus princípios nunca foram tão atuais; tão necessários. Mas justamente por não serem abordados e praticados, o conceito ficou lá; frio e gélido como o Himalaia.
O FIB não será tema de nenhuma campanha política das próximas eleições - infelizmente. Mas poderia ser de nossas reflexões sobre as ameaças e oportunidades vindouras. Porque assim como diz o velho jargão : do jeito que está não dá pra ficar; "nem aqui nem na China".
E vai sobrar para o butão de cada um de nós.

domingo, agosto 24, 2008

Certas coisas que leio...

...cabem tão dentro de mim ...



Essa foi escrita por Elizabeth Gilbert em Comer, rezar e amar :

"(...) Viajar é a verdadeira grande paixão da minha vida (...) Sou leal e
constante em meu amor pelas viagens, de um modo como nem sempre fui leal e
constante em relação às minhas outras paixões. Tenho pelas viagens o mesmo
sentimento que uma feliz nova mamãe tem por seu recém-nascido barulhento,
irrequieto e cheio de cólicas - simplesmente não ligo para o que elas me fazem
suportar. Porque eu as adoro. Porque elas são minhas. Porque são exatamente a
minha cara. "
e

"(...) meu maior talento em relação às viagens é que consigo fazer amizade
com qualquer pessoa. (...) É por isso qua não tenho medo de viajar para os
lugares mais distantes do mundo, não se lá houver seres humanos que eu possa
encontrar (...)"

Daí resolvi fazer uma pequena homenagem às pessoas com as quais esbarrei nas últimas viagens. Não tem a foto de todo mundo mas quero que todos de sintam agradecidos. Obrigada de coração por contribuirem para que esse gosto ficasse mais gostoso, que o cheiro ficasse mais cheiroso, que o visto ficasse ainda mais belo e que a paixão por viajar ficasse ainda mais apaixonante...

Começando por John, irlandês por acidente porque ele , na verdade, é um cidadão do mundo . Conheci em Buenos Aires , em pleno réveillon, e reencontrei mais duas vezes no Brasil. Já esteve em tudo quanto é lugar mas não abandona a idéia de voltar ao nosso país ( leia-se Rio de Janeiro) quase todos os anos ... Seja sempre bem vindo John !


Esse pé Azul é do Fred ! Com ele mergulhei em Fitzroy Island, voei de balão em Mareeba, fui ao zoo em Cairns e andei de bicicleta sem capacete na Austrália ! ( parece bobeira né? Mas saiba q se vc for pego, vc paga multinha...)


Na esquerda, a Chris ! Uma alemã fofa que papai do céu colocou em meu caminho qdo começava a me sentir só ! A conheci em Fraser e a reencontrei em Noosa Heads !
Aí ao lado é o River (camisa de gola e relógio preto) fazendo um churrasco para minha despedida no Lagoon ! Chica e Hanae arregassaram as mangas e ajudaram tb!

Já Olivier e Miguel ficaram batendo papo lá no fundo...rsrsrs


Hanna ... outro encontro alemão ! E outra grata surpresa! Acabando sua estadia de nove meses no Brasil, resolveu conhecer nosso nordeste e, claro, ficou maravilhada!


Viviane e Rani ! Duas fofuras de São Luis !


Léo . Um anjo da guarda desses que só encontram pessoas de sorte... como eu! Léo , você não existeeeee !!!!





Los hemanos marcaram presença em Fortaleza ! Eliane e Fernanda, duas argentinas muito legais . Eliane foi companheirona de passeios, shows e barzinhos ! Gracias chica!

* qdo estava configurando as fotos, perdi três e fiquei com preguiça de fazer o upload de novo ! Fernando ( brasiliense ) que é a cara do Zeca Baleiro ; Clarinha e Caio , dois irmãos fofos de Paraguai - CE e Marcondes (cearense) , Cleiton (paulista) e Rodrigo (gaúcho) que fizeram comigo o passeio para Jijoca !

Mais uma vez, meu muito obrigada a vocês !

A gente se vê por aí...

terça-feira, agosto 19, 2008

Engenheira ? Eu ?!?

Tenho a convicção de que muitas pessoas não entendem a minha vida. Dentro de uma normalidade, ninguém entende a de ninguém eu sei. Na verdade nem eu a entendo por completo. Mas estou falando de forma acentuada.
Amizades iniciadas em viagens, bate papos na Internet ou na fila do pão se surpreendem quando digo que sou engenheira. Lembro -me com orgulho quando Fabiano me perguntou se eu era jornalista. Disse que eu escrevia muito bem. Gê também achava que eu era de algum ramo mais "humanas". Há quem ache ,ainda, que eu deveria trabalhar em uma ONG, fazer faculdade de turismo ou ,no extremo, virar hippie.
Muitos dos que me conheceram já com essa informação , no ambiente de faculdade ou mesmo profissional, acham que eu escolhi a profissão errada. Aí sim eu deveria me preocupar porque eu trabalho com isso e preciso mostrar , de alguma forma, performance.
São pessoas que, com a aptidão por exatas têm um pensamento quase tão exato quanto 2 + 2 = 4. No setor que trabalho, as pessoas ou estão casadas ou noivas. No mínimo, namorando. Suas prioridades são juntar dinheiro para trocar de carro enquanto eu nem tenho um para trocar. Juntar dinheiro para comprar o apartamento ou reformar o existente enquanto o meu ainda se parece com uma república. Juntar dinheiro para casar enquanto eu nem tenho namorado. Ah e eles gastam muito de seu tempo pensando porque eu não tenho namorado.
Pois é... já tive que ouvir (ou ouvir dizer) que não entendem como uma pessoa "tão interessante" não tem namorado. Assim mesmo... como se fosse uma espécie de credencial para você fazer parte da sociedade. Talvez porque muitas pessoas de fato acham que precisam. Talvez porque precisam mesmo. Desconfio até que já tenha passado por suas cabeças que sou lésbica. Assim achariam uma justificativa para todo esse questionamento em vão.
Eu não tenho namorado porque eu não tenho um cara com quem quero namorar e que a recíproca seja verdadeira. E contentem-se com essa resposta simples assim ainda que os porquês sejam um pouco mais complexos.
O que acontece é que eu sou de um jeito que convive com pessoas de outro jeito e isso me faz estar em destaque. Estou até melhorando meu convívio com essa realidade uma vez que tenho passado menos por metida e desinteressada.
Já refleti, inclusive, se eu tenho a pretensão (ou legado) de humanizar a engenharia... ser uma engenheira romântica ou uma romântica engenheira. (Esquecendo um pouco o fato d´eu não ter namorado e voltando na questão de não parecer ser engenheira .)
Concordo com o que disse um professor em seu texto no Correio do Brasil : "(...) habitar poeticamente o mundo ao articular a máquina com a poesia, o trabalho rotineiro com a criatividade, o interesse com a gratuidade, a objetividade nos conhecimentos com a subjetividade emocional, o pão penosamente ganho, com a beleza fascinante das relações calorosas. Isso deve ser resgatado.A sociedade da tecno-ciência e do conhecimento nos enviou ao exílio,roubou-nos o sentimento de um lar e de uma pátria e principalmente nossa capacidade de nos comover, de chorar, de rir gostosamente e de nos apaixonar pela natureza e pela vida (...)"
Diria mais: nos apaixonarmos pelas possibilidades! E elas são tantas quando saímos no nosso mundinho pré conceituado e nos permitimos conhecer formas diferentes de ser, fazer, pensar, comer, rezar, agir ...
Sou uma engenheira apaixonada pelas invenções do engenheiro mor . Pela Sua sensibilidade em criar formas tão diferentes e pitorescas de relações humanas, verdades absolutas, desejos e crenças dispondo-as de maneira a interagir com a natureza e as forças físicas.
E nem por isso farei psicologia para entender essas pessoas e lugares, turismo para conhecê-los , sociologia para contextualizá-los e tão pouco física para entender as leis que regem tudo isso. Farei viagens e amizades. Depois, reflexões e post´s...rs... e quem sabe, um dia, um livro.
Tenho sim o sonho de escrever um livro e narrar minhas impressões do que vi , vivi e anotei em meus diários de viagem e do dia-a-dia. Mas muito mais para mostrar que vale muito a pena sair da zona de conforto que é conviver com pessoas parecidas com você e ir ao encontro de experiências novas e diferentes. Porque é onde há diferença que há troca. Do jeitinho que aprendi nas aulas de física que falavam da Lei da Termodinâmica...
...em uma faculdade de engenharia...

segunda-feira, agosto 18, 2008

Enquanto decido se boicoto ou não as Olimpíadas de Pequim com a sensação de que essa decisão já deveria ter sido tomada, leio as páginas finais de Comer, rezar e amar com uma outra sensação : a de que eu , com menor intensidade , dor e idade , já fiz algo parecido. Por duas vezes.
Não sei se pela simples razão geográfica de já ter ido à Italia e Índia ou porque, na última viagem aqui mesmo no Brasil , eu comi muito arroz de cuxá e frutos do mar e senti o poder e beleza provida de Deus materializada na forma de lindas dunas e lagoas.
Um parentesis : Conheci o livro nessa viagem. Léo, um anjo que apareceu no meio do caminho, ficara encantado com a minha revelação de ter ido à Índia justamente pq o estava lendo nesse momento. Conversamos bastante sobre e ele disse que, se acabasse de lê-lo antes da minha partida, me daria. Acho que ocupei demais o tempo de Léo para que isso acontecesse. Mas, como em uma delicadeza da vida, chego na casa de minha mãe e simplesmente há, na mesa de centro da sala, um livro. Acho que não preciso dizer qual... fecha parentesis...
Bem... seja qual for a melhor história para fazer o paralelo, em ambos os casos tenho a impressão que não rolou a terceira viagem; não rolou minha Indonésia.
Qdo vier, eu escrevo o meu .

domingo, agosto 17, 2008

Acho que já deu pra notar que umas das coisas que mais gosto nessa vida é V-I-A-J-A-R !

E vcs viram tb alguns post sobre a viagem à Índia que fiz com minha irmã no início do ano.

Pois bem... ela virou matéria de capa da Revista Minha Viagem.

Espero que vocês gostem e se animem a viajar tb!

Simplesmente porque nunca se volta igual ...


quinta-feira, agosto 14, 2008

nesse ínterim
fiquei inteirinho
dentro de você

depois
saí pra rua
à procura de mim


Leonel Delalana Júnior

terça-feira, agosto 12, 2008

Que alguns paulistas com os quais eu gosto de implicar não me leiam mas...
... São Paulo pode ser bem legal né ?
Fiz um curso por lá e quando acabava era hora de "fazer alguma coisa! " Como eu e Fê chegamos na véspera, no primeiro dia já resolvemos afundar o pé na Jaca e experimentar o Bar Rini , na rua Guararapes que cruza com a Berrini ( o nome do bar nos pareceu vir daí...) no novo Broklin.
Fê, na verdade, afundou o pé na tangerina, cereja, morango e sei lá mais o que com vodka ! Eu, no suco de melancia ! hahaha
O pastelzinho de queijo com palmito era dispensável. A originalidade de Chico - o garçon - não. Ele era mais um retirante nordestino tentando a vida em "Sun" Paulo com extremo bom humor. Um dos 10% mais bacanas de se pagar.
No 2º dia, cansadas, já pisamos no freio mas a pedida tb foi muuuito boa! Um restaurante italiano na mesma rua (!). Confesso que não dei muito por ele mas entramos mesmo assim. Quem me conhece sabe que eu não sou muito de massas. Por isso mesmo, pedi outra coisa ( ok ...ok... sei que não se deve pedir comida japonesa em churrascaria, carne em pizzaria ou comida na padaria...mas era o prato do dia vai...)
Frango a milanesa ( ou empanado?) recheado com queijo e presunto, molho de espinafre e arroz poró.
Antes do prato vir, tivemos a entrada: torradinha com queijo, tomate seco , pastinha e etc... além de uma maior e caprichada com muito queijo derretido! Acho que só ali já estava ótimo! Tudo muito saboroso.
Chega o prato: Muuuuuuuito bom! A Fê fez a festa e comeu tudinho! Eu não aguentei ! Enfim... se você for parar naquela região de lá, vá ao Ristorante em frente ao Estamplaza Nações Unidas na rua Guararapes. (O rapaz da mesa ao lado pediu um pratão de salada. Vai ver que estava bom tb... rsrsrs)
Para a sexta reservamos algo mais cult. Fomos ao Teatro Abril, na Brigadeiro Luis Antônio, para ver Miss Saigon. A peça está em cartaz desde meados de julho e a crítica tem sido muito boa. Trata-se de um romance contextualizado na guerra do Vietnã onde os mocinhos não vivem felizes para sempre. Compramos platéia no 2º andar; a mais barata. Chegando lá fomos agraceadas com a 5 ª fileira lá embaixo. Estava de fato um pouco vazio e devia ser melhor até para os atores! :P
Sábado eu ainda ficaria... para visitar a Praça Benedito Calixto com as meninas que conheci em Jeri mas não conseguimos uma comunicação muito boa! Entre encontros e desencontros voltei para o estado do Rio...
É... Acho que vou frequentar um pouco mais aqueles lados de lá !




terça-feira, agosto 05, 2008

Voltei.
Os lençóis eram macios e alvos. Lindos de se ver.
Neles, somente sonhos bons. Daqueles que não dão vontade de acordar.
Mas era preciso seguir...
Novos destinos, novas pessoas, novos fatos, novas fotos . Que também valeram muito a pena.
Foi assim... do jeito que eu gosto...
Do jeito que eu quero sempre mais...