domingo, setembro 16, 2007

Três irmãos de Sangue

Ir ao cinema quase sempre é bom. Porém, há momentos em que é ótimo.
Três irmãos de Sangue foi um filme que proporcionou um desses momentos.
Um amigo muito querido definiu essa sensação; ele dizia que, ao contrário de filmes hollywoodianos, dos quais saimos pesados de tanto empanturramo-nos com pipoca, Três irmãos de Sangue faz a maioria das pessoas sair leve e pensante. Se pesadas, são em detrimento de suas consciências.
Henfil, sempre de bom humor e boas palavras, fazia de suas tirinhas sua arma; Chico Mário, tímido e comedido, externalizava seus sentimentos e inquietude interna em belas canções; por fim, Betinho, um amante da vida e exemplo de intensidade e perdão (tendo a pátria lhe dado as costas, a abraçou novamente, de peito aberto e ainda com uma enorme vontade de fazer diferença).
A hemofilia não os abateu. Pelo contrário. Os fez perceber que não havia tempo a perder. Intensos e serenos... como é muito difícil ser.
De fato não há como sair da sala de projeção da mesma maneira que se entrou; se sai de coração desarmado e acreditando em super heróis. Ainda que de carne e osso.

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