terça-feira, janeiro 12, 2010

Peru - parte 1

Muitas coisas acontecendo. Dúvidas, expectativas, mudança. O fim de ano precisava ser diferente. O fim de ano precisava ser do Peru.
A escolha do destino foi por acaso. Comecei tentando agradar e conciliar interesses. Era feriado de Corpus Christi quando encontrei uma super amiga de infância e sua colega de apto nos tempos da faculdade ( falei desse encontro em um post por aqui...). Elas me chamaram para passar o fim de ano em Machu Picchu ou Salar de Uyuni ( pegaram pesado né ? ) e eu disse que adoraria mas , com certeza, não daria pra mim. Não costumo tirar férias entre Natal e Ano Novo e pouco tempo não compensaria. O assunto findou-se assim.
Muitas coisas acontecendo. Dúvidas, expectativas, mudança. O fim de ano seria diferente.
Eis que sou obrigada a tirar férias nessa época. Novas companhias se interessaram pelo destino e lá fui eu planejar a viagem. A ideia de conhecer esse salar na Bolívia muito me agrada... mas quero vê-lo alagado e não seria por agora... Então convenci Kelly ( a amiga da amiga e a mais interessada que se mostrou excelente companhia de viagem ) de explorarmos mais o Peru deixando a Bolívia para uma outra viagem. Sábia decisão! Esse país é incrível e merece bem mais que 12 dias !!!!
A nova cia. desistiu, ameaças profissionais aconteceram mas seguimos firmes e fortes nos roteiros, albergues , itinerários, burocracias e etc...
No dia de partir meu voo teve problemas e fiquei uma noite no hotel do aeroporto do Rio . Ela seguiu viagem porque saia de Guarulhos e voltaríamos a nos ver somente 2 dias depois. Não é a melhor maneira de começar uma viagem mas acredito muito que não aconteceu por acaso. Eu precisava conhecer Lucio. O carioca zen que largou a geologia para se dedicar à gastronomia e teria um tempo só seu fazendo um trekking de 8 dias até uma cidade perdida como M.Picchu. Sem os turistas.
Comidas, bebidas, trilhas e ideias depois, era hora de fazer sauna e descansar. Afinal, o voo do dia seguinte sairia às 4 da matina.
Cheguei em Lima às 11: 55 horário local e peguei um táxi por 45 soles para a empresa Movil Tours que me levaria para Huaraz. Vocês já entenderam porque escolhi esse lugar para começarmos nossa viagem.
Deixei minhas coisas no guarda volume e fui andando para o centro de Lima. Em alguns minutos estava na Plaza San Martin e, rapidamente, identifiquei o grupo de brasileiros. Três rapazes com meias longas e tênis. Paulistas naturalmente. Resolvo passar em uma farmácia e já comprar um remédio para problemas de altura - o tal efeito Soroche – porque eu tinha ouvido falar tanto que achei melhor me prevenir. Tomaria assim que pegasse o ônibus, às 10:50 da noite.
Perguntei para a balconista se eu estava na direção certa para a Plaza de las Armas e ela me respondeu que era só ir direto. No maps...just feeling !
Adorei ! Muito bem cuidada e com vaquinhas no movimento Cow Parade , a praça estava cheia de gente !

Um senhor que ficou debruçado em umas folhas com uma caneta na mão aguçou minha curiosidade sobre o que fazia tão compenetrado e imóvel durante tanto tempo. Devia ser algo bem interessante.

Vou andando e encontro o centro turístico onde pego um mapa do lugar. Depois sigo para a fonte e logo sou abordada por um peruano perguntando se eu queria que ele tirasse uma foto minha. Aceitei e ele ficou puxando conversa, perguntando se eu já tinha ido ao museu da inquisição. Eu sequer tinha ouvido falar e, por isso, disse que não mas que naquele momento entraria na Catedral. Ele disse que tudo bem e, que se eu quisesse, na volta ele poderia me levar lá. Achei estranho mas agradeci e fui embora.
A Catedral é muito bacana ! São 10 soles para entrar com visita ao museu. Lá dentro é bem grande, tem um órgão e um altar lindos e é muito bem cuidada.

Sai pelo outro lado e segui para a rua oposta para não ter que encarar o peruano novamente. Mas como a vida tem suas peripércias, ele estava exatamente lá ! Não dando para escapar, seguimos para o tal museu.
Bem.. volto em outro post para contar o que se sucedeu !

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