O orkut me avisou que era aniversário de um amigo. Fui em seu profile e no "About me" estava escrito:
"Vídeo-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o Pac-man tivesse influenciado a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas."
Pedi permissão para discordar e ele, educadamente, me permitiu.
Se vídeo game influencia ou não as crianças, pequenas ou grandes, é um assunto para uma bela discussão. Mas que estamos nessa vida de Pac-man, ah eu acho que estamos sim!!!
Não estaria a nossa geração mastigando pírulas mágicas? Que nos fazem acreditar que somos deuses e vermos seres inusitados e psicodélicos ?
E as músicas eletrônicas repetitivas??? Como não ??? E isso durante horas, horas e horas ...
Ele respondeu com um " É verdade..."
Sim é verdade. E virou notícia um dia depois. Lá em Itaboraí.
Game over -dose .
terça-feira, outubro 30, 2007
Game Over-dose
Postado por Anaclara às 8:42 PM
domingo, outubro 28, 2007
Sobra tanta falta - C. Trevisan - O teatro Mágico
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dele
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá...
Postado por Anaclara às 11:14 PM
segunda-feira, outubro 22, 2007
Cow Parade Rio
Desde o início do mês ( e até o dia 03/11) é possível ver, espalhadas por todos os cantos do Rio, as “cowriocas”! São cerca de 120 criativas vaquinhas que brincam com as marcas das empresas que patrocinaram o evento, divulgam a criatividade do artista brasileiro ou fazem uma crítica bem humorada sobre algum dos diversos temas que merecem a atenção dos grandes búfalos mas contam mesmo é com a passividade das vaquinhas de presépio ...
Seguem as vaquinhas que vi around the world ...
Postado por Anaclara às 10:03 PM
sexta-feira, outubro 19, 2007
Pessoas na Austrália
Postado por Anaclara às 7:01 PM
segunda-feira, outubro 15, 2007
Esconderijo conjugal *
* Não postei essa crônica porque concordo com ela. Eu , que sequer sei namorar , não ousaria ter uma opinião tão cheia de verdades. Postei apenas porque é um ponto de vista...
... ainda que um ponto de vista seja apenas a vista de um ponto...
Martha Medeiros
No livro Monogamia, do psicanalista Adam Philips, há um trecho em que ele diz que o esconderijo mais aconchegante é aquele em que conseguimos esquecer do que estamos nos escondendo.Mais: é aquele em que até esquecemos que estamos escondidos. E conclui: "formamos casais porque é impossível esconder-se sozinho".
O casamento como esconderijo. Eu nunca havia pensado nisso antes.
Uma pessoa avulsa é uma pessoa com sua solidão escancarada, é uma pessoa que necessita fazer contatos e explicar quem é, o que faz, do que gosta.Uma pessoa sozinha é visada, está exposta, julgam que ela tem mais tempo, está mais disponível, uma pessoa sozinha não tem onde esconder-se. Já duas pessoas juntas escondem-se das fantasias e do julgamento alheio, escondem-se de sua própria vulnerabilidade e dos seus próprios segredos, duas pessoas juntas protegem-se oficialmente, mesmo sem ter a consciência de que sua união também é isso, um esconderijo.
A sociedade costuma cobrar relações amorosas daqueles que escolheram viver sozinhos, ou estão sozinhos por contingência do destino. Os solitários, os ermitãos, os donos da própria vida são tratados como se estivessem à margem, mas são os casados os verdadeiros excluídos, porque, uma vez cumpridores de uma expectativa social, perdem seu potencial para surpreender, não chamam mais a atenção, passam a ser apenas fazedores de filhos e de dívidas, consumidores de imóveis de três dormitórios e carros utilitários, viram alvo apenas das corretoras de seguro e dos agentes de viagem.Dentro de um casamento, julga-se que há duas pessoas realizadas, completamente a salvo da angústia existencial, da carência afetiva, dos traumas de infância, da insanidade, do vício e dos ímpetos - imagine,ímpetos: casais jamais ousariam fazer algo sem pensar, sem conversar muitas vezes antes, durante e depois do jantar.
A solidão, que sempre pareceu nos proteger, na verdade nos coloca no centro das atenções, permite que coloquem o dedo nas nossas feridas. Já o casamento nos tira da prateleira, nos resguarda, nos esconde tão bem e tão sem alarde que a gente nem percebe que está escondido. Que ironia: o casamento é que é underground.
Postado por Anaclara às 10:08 PM
quinta-feira, outubro 04, 2007
Soneto do Senador
O Sol da capital ofusca a vista
E o povo então escuta em tom irônico
O brado retumbante e lacônico
De um grande mentiroso e bom sofista
De inescrupulosos há uma lista
Que ronda pela pátria a causar pânico
Parece que o espírito satânico
Baixou lá em Brasília pela pista
E roubam a nação os bandalheiros
Até um senador, um tal Calheiros
Mais um que vai nas tetas a mamar
Então eu me pergunto quantos anos
Ainda vamos ver os quentes panos
Cobrir os crimes contra o nosso lar.
Krishna Govinda Simpson
Postado por Anaclara às 9:19 PM