quarta-feira, abril 23, 2008

O dia em que a terra tremeu.

Ontem eu estava na internet. Lia sobre mercado de ações e índios xavantes. Não que tenha ligação. De repente até tem mas era apenas mais uma vez em que eu lia várias coisas , escrevia emails e comia. Tudo ao mesmo tempo.
A mesa do computador tremeu. Achei que o celular tocaria porque sempre que ele está por perto rolam aquelas interferências traduzidas em grunhidos. Não tocou e o tremor passou.
Hoje minha mãe me liga e pergunta se está tudo bem. Ficou sabendo dos tremores de terra que aconteceram em SP (5 .2 graus na Escala Richter) e puderam ser sentidos em Resende. Eu disse que sim apesar de ter sentido porque logo associei ao evento que vivi no dia anterior (que não dei muito bola).
Naturalmente lembrei de Cairns, na Austrália.
Qdo teve o Tsumani de 2006, tivemos alerta por lá. O pessoal da Geos ( escola onde estudei) adotou a política de não informar a ninguém e manter todo mundo no prédio. Loucura total se tivesse acontecido algo pior. Eram centenas de alunos e uma única e estreita escada; com certeza daria o que falar.
Centenas de turistas e moradores pegaram a estrada para lugares mais altos e alguns lojistas fecharam as portas. No final , a notícia do real impacto na cidade : 20 cm de avanço do mar. Parece bobo mas a Austrália está um "bucadim" longe da Indonésia. Um bocadão de comparar a distância entre Resende e São Paulo.
Não tem jeito. Embora não haja mais pangéia e a insistência humana de se individualizar- geralmente na ânsia de ser melhor - estamos ligados. Somos interdependentes.
O passarinho que compro aqui, desestabiliza o ecossistema lá da floresta. A água limpa de fica parada na piscina do Botafogo na Lagoa mata o turista alemão. A indústria poluidora construída na Índia, causa a chuva ácida na Europa. A aids que cresce sem controle na África, atinge a população mundial. O ruminar do boi em Goiás, aumenta o buraco da camada de ozônio que está sobre a Oceania. A eterna luta da supremacia norte americana mata de fome crianças africanas , asiáticas, sul americanas e do leste europeu.
Nenhum país pode se proteger em uma redoma e o que parece ser benefício pra um, logo se traduzirá em impactos ruins para ele mesmo. No melhor estilo bumerangue.
O Bush poderia se convencer disso. E nós também.

2 comentários:

Anônimo disse...

Estou impressionado!

Anônimo disse...

Senti-me como uma personalidade que impressiona pessoas que nem tem noção que existem... corações e almas anônimas! rsrsrs