terça-feira, junho 23, 2009

Invasão de privacidade; pode ou não pode ? Os fins justificam os meios ?

Deixe um comentário mal criado quem nunca deu uma bisbilhotada nas chamadas do celular, nos emails , nos scraps ou torpedos de outrem. Eu tenho vários casos pra contar; de dar um big texto mesmo. Quem não conhece alguém que viu o scrap do(a) ex do(a) namorado(a) e entendeu tudo errado ? Que viu um torpedo engraçadinho do(a) melhor amigo(a) dele (a) e encasquetou por não conhecer o jeito que os dois se tratam? E o email dele para sua amiga (sua e não dele) com declarações de admiração ? Ah, eu tenho uma bem boa : um amigo foi proibido de me dar carona porque, meses antes, a namorada achou muito estranho sua reação quando ele me viu e buzinou, gritou e piscou o farol para eu ver ( e ainda assim não vi! ). Oras, ela nunca tinha ouvido falar de mim e ele age assim?!?! Minha querida, era a 1ª vez que ele pegava um carro depois que tirara a CNH e estava excitado com a possibilidade de uma conhecida de faculdade ver. Só isso entendeu ? Não, ela não entendeu. E eu fiquei sem a carona das aulas de sábado.
Mas voltando as invasões de privacidade (porque apesar de dizer que essa história era boa ela não é oriunda de uma (!)) até onde vai nosso direito de invadir a privacidade em nome da intimidade ? E até quando nossa visão do que encontramos é míope ou bem certeira ?
Não dá pra ser poliânica e achar que não há quem não dê motivos para nossa pulga atrás da orelha; muitas vezes descobrimos coisas que nos faz cair na real. Porém, há momentos em que as explicações mais sinceras não nos satisfazem por convenção social ou necessidade de nos impormos e não passarmos por otários(as)...aí achismos tomam o lugar da correta interpretação.
Em uma matéria do Ivan Martins li sua opinião que faz muito sentido pra mim. Ele dizia que todo mundo tem ciúme e todo mundo tem dúvidas, mas, acima desses sentimentos, há – ou deveria haver – uma escala de valores ditando o que pode e o que não pode ser feito. Cada um de nós é dono do próprio nariz e tem direito (na verdade, tem necessidade) de preservar espaços próprios de existência. As pessoas que nada têm a esconder não devem ter nada que interesse. O que se pode exigir dos parceiros é que não nos machuquem ou nos exponham levianamente.
Porque, no mais, há casos e casos e diversas opiniões. Inclusive, como vocês podem ver, um post sem lado, sem dados e sem conclusões.

2 comentários:

Clara del Valle disse...

ai, jura que vc concorda que "quem não tem nada esconder não deve ter nada interessante" ???

eu sou a campeã das amigas-que- as-namoradas-do-amigo-odeiam, portanto a minha tendência é achar que não, não há motivos pra pulgas atrás da orelha...rs Maaaaaaaans, na minha atual situação, sou obrigada a reconhecer que as pessoas podem ser bem cínicas qdo querem...rs

e qto a sapear a vida alheia, eu me orgulho de dizer que não faço. Já me basta o que passo só de imaginar.

Anaclara disse...

Sim. Só não acho que essas coisas precisam ser fatos censuráveis ou extravagantes. Não precisa ser um filho fora do casamento ou um assassinato. Pode ser um assunto pendente, uma ação impulsiva, um desejo inconfessável...

E qto a pulgas atrás da orelha, não são todas as pessoas. Digo que não se pode achar que não existam as pessoas que nos dão motivo para tal.