Mal acabei de ler o livro " Qual é a tua Obra?" do professor Cortella e já estou quase no fim do que ganhei de presente (inesperadamente) da menina que ousou achar que era capaz e conseguiu! Bom... ela sabe do que estou falando!
Mas voltando ao presente que espero ser o primeiro de muitos (!), há dois dias que comecei a ler o livro Gonzos e Parafusos da Paula Parisot.
Nada tinha ouvido falar dele e/ou da autora até que me deparei, no mesmo dia - o que ajuda a embasar o que falei no post - A.A -Anaclaras Anônimas que, de repente, algo que você nunca ou há tempos ouviu falar, de uma hora para outra, virar assunto em inputs diferentes - com uma notícia no G1 que falava do confinamento da autora por 7 dias em uma caixa de acrílico numa livraria de São Paulo como parte da estratégia de lançamento do livro.
Choveram opiniões contra (dizendo que era um Big Bhother livresco , apelação e bizarrice) e outras tantas a favor (atribuindo coragem e entrega da autora). Teve até visita de Rubem Fonseca , seu mentor.
A parada é tão contemporânea que se você não teve a oportunidade/interesse de ir à livraria, é só entrar no blog que conta e mostra em vídeos tudo sobre o dia-a-dia , as pessoas citadas, os próximos passos, a editora, o que saiu na mídia e tudo mais!
E a reles opinião de quem já finalizou o início que não é o começo e está no meio do fim que pode ser um tropeço?
Reflexões depressivas e um tom amargo se fazem presentes o tempo todo. Porém as conclusões, ligações e devaneios da personagem, por vezes, faz um sentido incrível e dá a dimensão do que Fernando Pessoa ou Bernardo Soares ( sim, o texto ora é atribuído a um, ora a outro!) quis dizer com
"Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez".
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