Deixá-los-ei novamente...

É galerinha que vez ou outra aparece por aqui; nossa relação é mesmo assim ! Venho, vou; volto, revolto; viajo , divago ... e é hora de ir novamente.
Feriado chegou e com ele o compromisso de partir ainda que dessa vez a motivação seja outra. Sim; embora possa não parecer, pessoas ainda me fascinam mais que lugares. E lá vou eu... comemorar a felicidade alheia !
Segunda feira eu venho !
E vou, volto, revolto , viajo, divago...

O câncer da Dilma só dá em rico ?

Nesse fim de semana todos nós fomos surpreendidos com a notícia de que a ministra ( e presidenciável) Dilma Rousseff foi diagnosticada com um linfoma - câncer dos gânglios linfáticos e se submeteu a uma cirurgia para sua retirada.
Não só ela como todos os médicos foram enfáticos ao dizer que as chances de cura são altíssimas devido à precocidade do diagnóstico e, durante a coletiva, a ministra fez questão de dar o seu exemplo para mostrar a importância dos exames preventivos de saúde.

“Vim aqui avaliar o que a gente faz normalmente, um check-up. Ao detectar,
consegui localizar em um estágio bem inicial. Eu não tinha nenhum sintoma.
Por isso, a gente aproveita essa oportunidade para falar para as pessoas,
que elas têm que fazer prevenção”

Até aí tudo bem... só fiquei com uma dúvida : os exames de tomografia das coronárias para ver as artérias do coração estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde brasileiro para qualquer pessoa que se sensibilizou com o apelo?

"Quem quer ser um milionário ?" deveria ter entrado na lista ?

Há alguns dias, acatando a sugestão da Luluka, fiz a lista dos filmes que mais me "tocaram". Devido a minha recente estada na Índia ( 14 meses é recente?) achei que assistir o filme "Quem quer ser um milionário ?" um dia depois se tornaria uma injustiça porque lamentaria não tê-lo colocado na lista.
Estranhamente não lamentei. Gostei do filme; achei que a Índia merece nosso olhar simplesmente porque é um país fascinante onde fiquei 17 dias mas tive a sensação de ter ficado meses ( assim seria se o tempo fosse medido em sensações ) .
Porém, tive a impressão de que a escolha da Índia foi apenas o acaso. Poderia ter sido no Brasil, em qualquer país da África ou no México - que já tem fama nesse tipo de novelinha.
Boa a sacada das contextualizações das respostas de cada pergunta. Mas ouvir a questão com suas opções e, só então, decidir se vai continuar no jogo, me parece um erro primário da produção. Espancamento por achismos de fraude sem nenhuma investigação tecnológica talvez exigisse mesmo ser ambientado em um país que pouco se importasse com sua imagem no cinema ocidental; mas o protagonista não ter nenhuma sequela no dia seguinte para continuar o jogo parece ser um indício de que nossa capacidade de observação não é importante também.
Para Hollywood valia Oscar e para mim valeram duas horas. Mas a lista dos TOPs é essa mesmo.

A Lista - Filmes !

Filmes que me tocaram ? Hum... o que seria um filme que me tocou ? O que me fez chorar ? Pensar ? Rever conceitos ?
Não sabendo a resposta , colocarei a lista de 10 ( na verdade 12..)filmes que gostei muito. Não estão em ordem e certamente esqueci de outros igualmente relevantes !

1 - Vinícius - Um filme de Miguel Faria Jr ( Quem paragá o enterro e as flores se eu me morrer de amores ?)
2 - A Vida de David Gale ( Um tapa de luva na minha mania de querer adivinhar o fim do filme antes da hora!)
3 - Adeus Lênin ( Que fotografia !)
4 - Promessas de um Mundo Novo ( Não temos noção do impacto das diferenças religiosas para judeus, mulçumanos e etc... que crianças adultas! Que adultos crianças ! O das palavras duras se emociona e é autêntico , os das doces palavras pegam em armas e esquecem promessas...)
5 - Três irmãos de sangue ( virei fã da família !)
6 - Jardineiro Fiel ( me remete a minha querida África )
7 - Natureza Selvagem ( todo viajante e aventureiro tem que assistir...)
8 - Antes do Amanhecer & Antes do Pôr do Sol ( meu lado romântico aflorando em dose dupla...rsrsrrs)
9 - Advogado do Diabo ou Seven ... ai que dúvida !
10 - Cidade de Deus

Os 10 mais ...

Em todo o canto que navego na internet encontro uma lista ! Lista dos mais vendidos , das notícias mais lidas, as mais comentadas, as maiores bundas, os melhores filmes , melhores músicas, melhores praias, melhores destinos... os piores também têm suas listas. Em menor quantidade - afinal, são as piores listas :P
Aí eu resolvi estreiar uma série aqui nesse outro canto: As Listas ! Sugestões são muito bem vindas !
Começo com a lista das últimas 10 pessoas conhecidas que encontrei ( tem que ser agora que estou nessa folguinha porque , se não, só teriam nomes das pessoas do trabalho! tsc...tsc...)

1 - Mammy ;)
2 - Daddy ;)
3 - Carlos Barboza ( há quanto tempo não te via rapaz ??? )
4 - Clá (Parabéns !)
5 - Fê
6 - Carina Namorato ( você está tão bonita! )
7 - Tio Dailton & família ( meu tio querido que amo de montão! E há algum tempo faz a barba! )
8 - L. Antônio & Família ( primo sempre presente )
9 - Tia Dita ( tia mesmo... ainda que não seja de sangue !)
10 - Márlen ( mto inteligente essa menina!)

E se vc que está lendo me conhece e não está na lista, que tal marcarmos um encontro ?

Um domingo qualquer

*enviado por uma fraude que atende pelo nome de Rapha ;P

por Rica Perrone

Era um dia frio, sem chuva. Seria um dia chato, não fosse o Maracanã lotado e a
expectativa de um título. Ele não era fanático, sequer tinha visto o estádio
lotado na vida, até então. Tinha 13 anos e torcia, timidamente, para o
Palmeiras, apesar de morar no RJ. Naquele domingo seu pai o levou na final. De
bandeira, camisa e ingresso na mão, chegou assustado com a multidão. Entrou
faltando 15 minutos pra começar e, quando olhou em volta, disse: "Pai, quantas
pessoas tem aqui?!?".
- Muitas, filho... uma nação inteira, disse o pai.
Aquela multidão explodiu em faixas, bandeiras e papel picado minutos depois. O
garotinho se encolheu com medo e sentou. Com 1 minuto de jogo a torcida levantou
e não deixou que o guri visse mais nada. Ele ouvia, sentia, mas não assistia.Seu
pai, rubro-negro fanático, não tinha muita esperança de que seu pivete
palmeirense um dia se envolvesse com futebol. Jamais mostrou grande interesse, e
só torcia porque tinha um amigo que era palmeiras.
O Flamengo saiu ganhando,
mas não bastava. Tinha que ser com 2 gols de diferença, ou nada. Seu pai
explicou que "faltava um", e o garotinho não entendeu. Afinal... vitória não é
vitória de qualquer jeito? Sofreu um gol, e ele não tirou sarro do pai como
sempre fazia. Ficou triste, como que contagiado pela multidão. O outro lado, 40%
do estádio apenas, fazia barulho, e ele ouvia o silencio da nação a sua volta.
Segundo ele, o silencio mais dolorido que já escutou na vida.
O Flamengo fez
o segundo, e o garotinho, se envolvendo com o jogo, vibrou. Pulou no colo do seu
pai e o abraçou como se fosse um legítimo urubuzinho. Não era, ainda. A torcida
começou a cantar o hino, que ele sabia de cor de tanto ouvir o pai cantar. Pela
primeira vez, cantou num estádio, e fez parte da nação. A angústia de milhares
não passou em branco. Em mais alguns minutos o garotinho suava e já rezava de
mãos grudadas ao peito. O Flamengo virou, mas não bastava.40 minutos do segundo
tempo. Mesmo com 2×1 no Placar, a nação ouvia gozações do outro lado. Ele não
entendia, e fez o pai explicar, mesmo num momento dramático do jogo.
Atencioso, o pai sentou e contou pro garoto que o Flamengo precisava ter 2
gols de vantagem, porque a vitória por um gol empataria a soma de 2 jogos, e o
empate era do rival. Ele não entendeu bem, mas simplificou em sua cabeça:"Mais
um e ganharemos". Opa... "ganharemos"? Ele não era palmeirense?
E então, aos
43 minutos, onde alguns já se mexiam na direção da saída, uma falta do meio da
rua. Seu pai vibrou e ele questionou: "O que foi? Foi pênalti!? "- Quase isso,
filho!! Dali pro Pet é pênalti!!, profetizou o pai, ignorando a distância da
falta. A cobrança... o silencio eterno de 1 segundo e a explosão. Gol
doFlamengo! Petkovic! E seu pai o abraça como nunca abraçou em toda sua vida.
Pula, joga o garoto pra cima, beija, chora...
O garotinho, numa mistura de
susto com euforia, olha em volta e, de braços abertos, comemora em silencio um
gol que não era dele. Sem razão, ele chora. E chorando, abraça o pai que,
preocupado, rompe a alegria e pergunta: O que foi? O que foi? Se machucou?
-
Não... Eu to feliz, pai!
Sem mais palavras, o pai sentou e abraçado ao
garotinho deu um abraço de tricampeão. O jogo acabou, e os dois continuaram
abraçados. A festa rolando, os dois assistindo a tudo aquilo emocionados, o
garotinho absolutamente embasbacado com a cena, já que nunca havia visitado um
estádio lotado, muito menos uma decisão. O pai olhava pro campo e pro filho,
porque sabia que, talvez, aquele fosse seu único momento na vida onde teria a
imagem de seu garoto comemorando um titulo do time dele. E chorava, sem vergonha
nenhuma de quem estivesse em volta.
O menino foi embora pensativo, eufórico.
Em casa, contou pra mãe com uma empolgação incomum sobre tudo que viveu naquela
tarde. E não falava do jogo, apenas da torcida. Iludido por uma frase, contou
pra mãe:- Aí, no finalzinho, teve um pênalti! E o Flamengo fez o gol...- Não
filho... não foi pênalti! Foi de falta.- Mas você disse que foi pênalti...- Era
modo de falar.... hahahahahah- Então, mãe... aí, o cara fez o gol e a gente foi
campeão!!!
Pronto. Aquele "a gente" fez o pai parar de colocar cerveja no
copo, virar acabeça lentamente e perguntar, com medo da resposta:- A gente,
filho?(silêncio...)- É pai! O Mengão!!!!!Emocionado, o pai abraçou o garoto e
não falou nada. Ali, seu maior sonho virava realidade. A mãe entendeu, deixou os
dois na cozinha e saiu de fininho, enquanto o pai começava a contar de uma outra
final que viveu em mil novecentos e bolinha, com toda a atenção do novo
rubro-negro. Hoje o garoto tem 21, completados há alguns dias. Quando seu pai
perguntou o que ele queria de presente este ano, a resposta foi essa: - Dois
ingressos, uma bandeira, a camisa nova e ver você chorando igual aquele dia.

RicaPerrone

Hohoho

Nem acho que seja assim ! Mas é em homenagem a Luluka pelo seu último post !

( está revoltada hein moça ?)

Coisas que eu perdi pelo mundo...

Eu perdi um brinco na pia do banheiro do hotel em uma cidadezinha na França. Perdi um voo para Cairns porque colocaram meu mochilão em outra esteira no aeroporto de Sydney e demorei 40min para achar. Perdi novamente a bagagem em Délhi e foi outra saga para encontrar. Perdi a paciência com a Lan Chile que me fez dormir duas noites no Chile e uma na Nova Zelândia por cancelar voos. Perdi o receio de viajar sozinha desde que fiz isso pela primeira vez; na Itália. Perdi lugar no albergue, em Florença, que já estava devidamente pago porque chegou um grupo que só ficaria se tivesse lugar para todos e isso significava ter que “dispensar” uma pessoa. Perdi 4 horas na estrada de Towsville até Airlie Beach porque teve um acidente. Perdi o sono ao passar a noite num trem de Veneza para Roma porque a senhora de Nápoles roncava horrores. Perdi a frescura de não viajar de moleton e tênis enquanto mulheres embarcam lindíssimas rumo a Europa porque eu sei quão desconfortável é dormir com esses trajes bacaninhos. Perdi a linha ao voltar de uma temporada de estudos na Austrália sem ir à aula em uma única sexta feira sequer. Perdi o rumo ao chegar em Fraser Island com um frio incrível e perceber que as únicas pessoas antipáticas da Austrália estavam todas concentradas lá – mas o reencontrei nessa mesma cidade quando conheci Chris, a alemã fofa com a qual esbarrei novamente em Noosa. Perdi o apetite depois de comer Curry na Índia. Perdi a compostura em Jaipur onde fiquei na fila para andar de elefante por mais de uma hora rodeada por vendedores ambulantes que só deixaram eu respirar qdo comprei uma Ganesha por um doze avos do preço original. Perdi a noção do perigo quando aceitei andar de vespa na noite iluminada de Roma com um cara que conheci 3 horas antes (mas foi incrível !). Perdi a oportunidade de comprar um lindo Taj Mahal em Agra, um casaco de couro em Buenos Aires e um mochilão bacana no Nepal. Perdi o receio (ou respeito?) de chegar bem perto da Ghat de cremação em Varanasi e ficar lado a lado com a família do falecido. Perdi a vontade de acampar muito cedo; assumo minha necessidade de ter uma cama pra dormir. Perdi o preconceito contra Bariloche que, de fato, é linda e encantadora. Perdi o sossego quando meu cartão de crédito parou de funcionar faltando 10 dias para eu voltar de viagem. Perdi um dia de Jericoacoara por ter que ir ao hospital em Cruz, no CE, depois de ter uma queimadura provavelmente causada por xixi de aranha; mas ganhei um grande amigo que acabou me hospedando por 2 noites em seu cantinho muito especial.
Como podem ver, eu já perdi tanta coisa viajando...
... mas ganhei muito; muito mais...

Ps.: De todas as coisas que já perdi, as que mais me marcaram foram as vezes que perdi medos, pendências, pré conceitos e o fôlego... ah! Como é bom perder o fôlego !

Às vezes tenho a impressão que há pessoas que cabem em um conto...

Conto é a designação que damos à forma narrativa de menor extensão e que se
diferencia do romance e da novela não só pelo seu tamanho, mas também por
possuir características estruturais próprias. Ele possui os mesmos componentes
do romance, mas evita análises, complicações do enredo e o tempo e o espaço são muito bem
delimitados. O conto é uma narrativa linear, que não se aprofunda no estudo da
psicologia das personagens nem nas motivações de suas ações. O conto é uma
narrativa breve; desenrolando um só incidente predominante e um só
personagem principal, contém um só assunto cujos detalhes são tão
comprimidos e o conjunto do tratamento tão organizado, que produzem uma só impressão

*desculpem minha impaciência*